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Vogue Fashion's Night Out 2012

A moda é uma festa. Quem disser o contrário, de certo não esteve presente na noite mais esperada do ano para os amantes de moda. Milhares de pessoas na rua, numa Lisboa em Festa, vestida de luzes e que, por momentos, trocou o fado pelo jazz ou pela música eletrónica.

A noite convidava a uma boa farra: quente e serena, apesar entrecortada pelas músicas e pelas montras resplandecentes, pelo borbulhar do espumante, pelos animadores de rua e pelas multidões em celebração desse pecado terreno: a vaidade.



Percorremos o Chiado, a Avenida da Liberdade e o Príncipe Real sem parar para capturar os melhores looks de street style e as melhores imagens do ambiente da festa. Saímos para a rua pelas sete da tarde e já muito borborinho se fazia no Chiado, onde à porta dos Armazéns Grandela, se haviam agregado muitas pessoas. Com a quantidade de gente nas ruas, é sempre difícil fotografar no Chiado no FNO, e por isso optamos por apenas fotografar a esta hora.



Depois deste bairro, rumamos à Avenida onde várias celebridades afluíam em direção às lojas de luxo ou ao Lounge da Vogue, no Hotel Fonte-Nova Avenida. Ali foi tempo de rever e fotografar amigos, bloggers e alguns transeuntes e celebridades que passaram. Não escaparam à nossa objetiva Lili Caneças, a modelo Sara Sampaio ou a divertida Paula Bobone. Cada loja da Avenida tinha atrações distintas, sublimadas pela elegância que lhes compete, desde cocktails, pianistas, mimos e muitos convidados a degustar canapés e champanhe. Entre a Hugo Boss e a Ermenegildo Zegna tocava um saxofonista e todas as esplanadas dos quiosques encontravam-se cheias.



Assim que a luz do dia se findou, o Príncipe Real foi o destino seguinte. A Rua D. Pedro V brindava ao som de jazz e ali notava-se também uma certa diferença de público, ora mais vanguardista, ora mais elegante. Alexandra Moura e Lidija Kolovrat tinham as lojas repletas de gente e, nota positiva, enche-nos sempre de orgulho ver os designers portugueses com a casa cheia.

Outra iniciativa que resultou muito bem foi o LX Market, uma feira improvisada de produtos de design, artesanato e peças em segunda mão.



Descendo de novo até ao Chiado através do Bairro Alto, notamos que a concentração de pessoas já não era tão intensa. Ali visitamos as Galerias Garrett 60 onde os finalistas do curso do Modatex tinham o seu trabalho exposto, no âmbito da mostra Projeto. Mónica Águas, já entrevistada pelo StreetLights.pt no âmbito do concurso EcoFriendly da ANJE, exibia ali a sua nova coleção alicerçada no burel, material tradicional do interior profundo do país. Esta coleção será tema de uma nova entrevista a publicar brevemente.



Vista a mostra de Design de Moda e artes plásticas, o destino seguinte foi a Rua do Alecrim onde, no magnífico Palácio Quintela, em tempos pertença do Barão de Quintela e Conde de Farrobo, os alunos do Mestrado de Branding e Design de Moda do IADE/UBI, juntavam o seu trabalho a designers e marcas já consagrados, como Valentim Quaresma ou Os Burgueses, numa mostra coletiva e plural. Encontramos também o stand da Shoes Closet que exibia os modelos da nova coleção para o próximo Inverno, com detalhes em mantas alentejanas e outros materiais inesperados. Os expositores em ferro forjado, reproduzindo alguns modelos da coleção, projetavam uma vez mais, de forma subtil, a sensibilidade da marca para com a cultura portuguesa.



A loja da Cubanas, com DJ na montra, estava ao rubro e, depois de observada a coleção, seguindo pela Rua Serpa Pinto acima, desembocamos no Largo do Carmo e, com o adiantado da hora já as lojas encerravam as portas. E com isto, depois de um curto regresso à Avenida, a noite terminou no Rossio a fotografar os transeuntes que regressavam do Chiado.

De ano para ano o VFNO melhora a olhos vistos e sobe a fasquia. Este foi o ano mais aprazível e acreditamos que tal transmitimos através da nossa cobertura fotográfica. O público aderiu e saiu à rua, preencheu as lojas e valorizou os estabelecimentos dos designers portugueses. Se comprou muito ou não, não sabemos mas também não encontramos muitas pessoas com compras em mãos. Mas o dia seguinte é sempre uma catadupa de devoluções, como se sabe. De qualquer forma, a mensagem de que é preciso consumir para gerar emprego, e neste caso em particular, na indústria da moda, vai ficando no ouvido dos visitantes. No que nos toca, continuaremos a acompanhar esta verdadeira celebração da moda, com o regozijo de sempre.



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